“Escolha o seu sonho”

  Cris M. Zanferrari “Tudo palpita em redor de nós, e é como um dever de amor aplicarmos o ouvido, a vista, o coração a essa infinidade de formas naturais ou artificiais que encerram seu segredo, suas memórias, suas silenciosas experiências. A rosa que se despede de si mesma, o espelho onde pousa o nosso…

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Palavra de Drummond (Carnaval)

Ora pois, chegou o momento de cessar o trabalho e entoar o cântico e desmanchar o corpo em sacolejos convulsos. Teus amigos se dividiram em duas hostes: a que se retraiu para montes e praias, e a que, vestindo os disfarces mais leves, saiu por aí saracoteando e gritando. Entre as duas formas de viver o carnaval, ficaste sozinho e desarmado: no centro do acontecimento, sem participar dele.

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A propósito

“Deito-me na rede, olho as nuvens vagabundas. Creio que aquelas que estão paradas lá longe, branquinhas, espichadas como franjas, se chamam cirros; e essas gordas, brancas, que brilham ao sol aqui mais perto se chamam cúmulos. Mas não é preciso saber seus nomes; deixo-me levar pela fantasia de suas esculturas, e vou vagando ao sabor…

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Palavra de Clarice Lispector

Voltei a ler Clarice Lispector. Digo voltei porque há tempos não a lia. É que certos autores demandam do leitor algum distanciamento, um como que afastamento por completo, para que sobrevenha_ após essa voluntária abstinência_ uma certa saudade, algo assim como uma falta de. Certos autores são por demais profundos e podem nos deixar num estado assim, digamos, melancólico. Reflexivo. Meditativo. Se é bom? É. Mas cansa, exaure.

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