“Avalovara”: itinerário de espinho e flor

Quem já leu “O som e a fúria”, de William Faulkner, sabe o que é ter a sua capacidade leitora posta à prova. Não é diferente com “Avalovara”, de Osman Lins. Aliás, talvez seja. A diferença, nesse caso, é para um grau de dificuldade que foge a qualquer comparação.

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A propósito

“Ora, um boato é uma espécie de enjeitadinho que aparece à soleira duma porta, num canto de muro ou mesmo no meio duma rua ou duma calçada, ali abandonado não se sabe por quem; em suma, um recém-nascido de genitores ignorados. Um popular acha-o engraçadinho ou monstruoso, toma-o nos braços, nina-o, passa-o depois ao primeiro…

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Palavra de Drummond (Carnaval)

Ora pois, chegou o momento de cessar o trabalho e entoar o cântico e desmanchar o corpo em sacolejos convulsos. Teus amigos se dividiram em duas hostes: a que se retraiu para montes e praias, e a que, vestindo os disfarces mais leves, saiu por aí saracoteando e gritando. Entre as duas formas de viver o carnaval, ficaste sozinho e desarmado: no centro do acontecimento, sem participar dele.

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