Palavra de Drummond (Carnaval)

Ora pois, chegou o momento de cessar o trabalho e entoar o cântico e desmanchar o corpo em sacolejos convulsos. Teus amigos se dividiram em duas hostes: a que se retraiu para montes e praias, e a que, vestindo os disfarces mais leves, saiu por aí saracoteando e gritando. Entre as duas formas de viver o carnaval, ficaste sozinho e desarmado: no centro do acontecimento, sem participar dele.

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“[…] porque se pode trabalhar sem flor, dormir sem flor, mas comer sem flor é desagradável, tira o sal.”

Carlos Drummond de Andrade, em excerto colhido na crônica “Buganvílias”

Aceita um café?

Ontem foi o dia internacional do café. Como se precisasse. Café precisa é de todos os dias. Sem café apenas se levanta, não se acorda. Sem café, é como se o almoço não terminasse, não houvesse digestão possível. Sem café, não haveria pausa no trabalho e aquela conversa jogada fora a pretexto de. Sem café, faltaria inspiração a escritores, publicitários, diretores de cinema, artistas plásticos. Sem café, o mundo continua sendo possível, mas os dias têm menos sabor.

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