“Deito-me na rede, olho as nuvens vagabundas.

Creio que aquelas que estão paradas lá longe, branquinhas, espichadas como franjas, se chamam cirros; e essas gordas, brancas, que brilham ao sol aqui mais perto se chamam cúmulos. Mas não é preciso saber seus nomes; deixo-me levar pela fantasia de suas esculturas, e vou vagando ao sabor de seus caprichos. Direis que essa ocupação não é construtiva; responderei que estou contemplando o céu de minha Pátria.

Sempre é algo de nobre e afinal há momentos em que a gente se cansa de olhar a terra e os homens.”

Rubem Braga, ao início da crônica “Rede”

Publicado por:Cris M. Zanferrari

Mestre em Letras, especialista em Filosofia, e especialista em Supervisão Escolar. É também especialista em Biblioterapia e Mediação da Leitura Literária, titulação obtida em 2022, pela Unochapecó. Atuou como docente na Universidade Luterana do Brasil – ULBRA Carazinho nos cursos de Pedagogia e de Design. Atualmente dedica-se a fomentar e mediar Clubes de Leitura e outras atividades literárias, além de ser gestora da marca Mania de Citação.

2 comentários sobre “A propósito

  1. “Estou contemplando o céu de minha Pátria”, diz o autor, com tanta propriedade, há algo mais belo? Também adoro observar, fotografar, o céu, as nuvens, o amanhecer, o pôr do sol, o infinito que nos protege. Obrigada Cris, meu sábado ficou mais azul!! Beijos querida

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